Nós temos dito que a liberdade de expressão no Brasil morreu. Esta semana saiu a notícia de que uma pessoa — que não é jornalista nem nada — foi processada por fazer críticas à primeira-dama do Mato Grosso no WhatsApp. Foi processada e condenada.
Ela mandou uma mensagem de áudio para pessoas que conhece — amigos, colegas de trabalho — e recebeu a pena de três meses de prisão, que foi revertida para o pagamento de três salários mínimos, além de uma indenização de R$ 4 mil para a primeira-dama, esposa do governador Mauro Mendes.
Ela comparou a primeira-dama com a Janja, disse que ela gosta de holofote, que é intrometida e que não sabe ser primeira-dama, entre outras coisas.
Não sei onde a juíza do Mato Grosso viu crime nisso. Não tem crime nenhum. É uma fofoca com uma crítica política — e bem suave, inclusive. Mas a juíza foi lá e meteu o canetão: três meses de cadeia.
O PCO é censurado por fazer críticas políticas ao crime monstruoso que o chamado Estado de “Israel” está cometendo em Gaza. Mas aqui temos uma pessoa sendo condenada por falar qualquer coisa.
E quando o STF faz isso, existe uma lei absurda que foi aprovada aqui que determina que as decisões do STF são obrigatórias para o Judiciário do interior. Então aquela loucura que eles fazem lá em cima desce em cascata sobre toda a população brasileira. E este caso é igual ao STF: o Flávio Dino não processou o Monark, que o chamou de “gordola”? Se esse processo chega ao STF e for aprovado, qualquer pessoa no país inteiro estará automaticamente ameaçada.
Quando a esquerda diz que isso é luta contra a direita, contra o fascismo, isso é uma mentira factual. Porque isso se torna uma espécie de lei subterrânea para todos os 210 milhões de brasileiros. Se você não pode dizer que o Gilmar Mendes é uma vergonha nacional, se você não pode dizer que uma primeira-dama não sabe ser primeira-dama, então você não pode falar mais nada.
Por Rui do PCO .
- Site Pressão Política.
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